Um dia dedicado à Robótica em Pinhais

Nesta quarta-feira (25) foi realizada a Fase II da IV Olimpíada de Robótica do IFPR. O evento é uma das atividades paralelas ao Se²pin e traz até Pinhais mais de 120 estudantes dos 25 campi da instituição.

A competição reúne 69 equipes que disputam em três categorias: resgate, seguidor de linha Lego e seguidor de linha pro. As equipes foram selecionadas nos campi, na Fase I da Olimpíada de Robótica do IFPR. “O grande número de equipes participantes é um reflexo direto da política de robótica implementada pelo IFPR. Hoje, 100% dos campi possuem os kits de robótica, material utilizado pelos professores para o ensino da robótica e treinamento das equipes”, explica o professor Marcos Lavarda, de Telêmaco Borba, coordenador da competição.

Equipes mais experientes e aquelas que iniciaram as atividades neste ano competem lado a lado, mas isso não significa que as últimas saiam em desvantagem. “A Olimpíada de Robótica tem como objetivo promover o intercâmbio de informações entre os projetos, o que beneficia tanto os novatos quanto os estudantes mais experientes. Se uma equipe vem e ganha a competição, mas abre o robô e mostra para as outras como ela fez para conseguir um bom resultado, vai precisar vir muito melhor no próximo ano”, afirma Lavarda.

Os estudantes Eduardo Benedetti e João Gabriel Gil, do Campus Umuarama, contam que passaram a integrar o projeto de robótica logo no primeiro ano do curso técnico integrado em Informática. Em 2016, participaram pela primeira vez da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), quando conquistaram o 4º lugar estadual dentre as mais de 80 equipes inscritas no Paraná. Neste ano, conseguiram o segundo lugar estadual e disputam, em novembro, a etapa nacional, que será realizada em Curitiba (PR). “Vamos tentar garantir pelo menos um dos três primeiros lugares”, planeja Eduardo.

Equipe de robótica do Campus Umuarama

No caso da equipe “A Nata”, de Foz do Iguaçu, o interesse pela robótica começou antes mesmo do ingresso no IFPR. As estudantes Gabriela Toffanetto Barros e Daniela Helena Heger, do curso técnico integrado em Informática, conheceram o projeto de robótica na Mostra de Cursos promovida pelo campus, o que foi decisivo para escolha do curso. Micheli Trindade Moura, do curso de licenciatura em Física, teve acesso ao projeto assim que entrou na graduação. Já a aluna Theodora Souza Oliveira foi incentivada a integrar o projeto pelo pai, que é um aficcionado por tecnologia. “Não é comum uma equipe feminina de robótica. Nas competições, vemos muitas masculinas ou mistas, mas poucas femininas”, afirma Gabriela.

“Sorvetinho” é o nome do robô que a equipe trouxe para a competição. “É preciso ter conhecimentos em Física, Programação, montagem de Lego e sobre a engenharia do carrinho”, enumera Micheli sobre a preparação da equipe para as competições.

“A Nata”, equipe de robótica do Campus Foz do Iguaçu

Uma área para muitos

De acordo com as discentes, a robótica não é uma área destinada apenas aos amantes da tecnologia ou então aos nerds (palavra em inglês popularmente utilizada para descrever os alunos mais estudiosos e interessados em áreas como a ciência e a tecnologia). “Qualquer pessoa pode participar de projeto de robótica, basta ter interesse”, afirma Gabriela.

Para Lucas Brasil e Lucas Nekel, que representam o Campus Avançado Coronel Vivida com os robôs “O Inominável” (Lego) e “Sandrobô” (Pro), a atividade exige conhecimentos diversos. “É preciso ter noção de Programação, Lógica, criatividade para a solução de problemas”, elenca Brasil. Estudantes do curso técnico em Administração começaram a estudar a robótica antes mesmo que o campus estabelecesse um projeto e levaram tempo para consolidar os conhecimentos na área da Informática. “No ano anterior, viemos à Olimpíada de Robótica do IFPR para conhecer. Agora, estamos aqui para competir”, afirma Nekel.

Equipe de Robótica do Campus Avançado Coronel Vivida

Situação semelhante é vivida pelos estudantes Alan Bazuck, Lucas Gabriel Ramos Correia, Bruno Tiecher e Pedro Augusto Reube, do curso técnico em Administração do Campus Barracão. Sem um curso na área da Informática no campus, os alunos e professores que coordenam o projeto de robótica precisaram construir o conhecimento aos poucos. “Trabalhamos com programação e raciocínio lógico. A robótica exige planejamento da parte de quem está fazendo”, avalia Bruno.

Equipe de Robótica do Campus Avançado Barracão

A professora Thalita Scharr Rodrigues, uma das organizadoras da Olimpíada de Robótica do IFPR, corrobora o relato dos estudantes. “São conhecimentos que eles levam para a vida toda, como a aplicação de conceitos de Física e de Matemática, sobre Linguagem de Programação, Lógica e até mesmo a vivência do trabalho em equipe”.