Dos campi para o Se²pin: projetos de ensino, pesquisa e extensão apresentam seus resultados em Sessão de Pôsteres

A tarde de terça-feira (24) concentrou as mostras de trabalhos selecionados pelos campi do IFPR para representá-los no VI Se²pin. Além da Feira de Inovação Tecnológica (IFTech), em que são apresentados os protótipos produzidos em projetos de inovação, foi realizada a Sessão de Pôsteres, na qual 368 projetos de extensão, pesquisa e ensino apresentaram sua trajetória e trouxeram seus resultados.

O que chama a atenção nesta atividade é a presença dos estudantes: além de enriquecedora, já que permite ao visitante conhecer o rosto de um dos protagonistas do projeto ali apresentado e ouvir dele como se deram os passos para a execução do estudo, a exposição oral também é objeto de análise dos avaliadores, que elegem aqueles que serão premiados ao final do evento.

O estudante Nicolas José Setnarsky, do curso técnico em Informática do Campus Curitiba, estava radiante ao apresentar o projeto de pesquisa “Catalogação e coleção de entomofauna de parques e remanescentes florestais da região de Curitiba”, no qual é bolsista. Além do banner, o estudante exibia uma amostra do trabalho que desenvolve: a identificação, catalogação e estudo inicial de insetos desta região do Paraná. Nas mãos, trazia uma pequena caixa confeccionada em papelão. Dentro dela, protegido por um vidro, estava o exoesqueleto e demais estruturas anatômicas de uma grande borboleta de cor cinza. O estudante explica que depois de coletados e preparados, os espécimes montados ficarão à disposição para estudos. “Nós queremos conhecer as populações de insetos de Curitiba e dos arredores e, por fim, montar uma exposição entomológica para uso do Campus Curitiba do IFPR”.

O estudante Nicolas, do Campus Curitiba, exibe os resultados de sua pesquisa na área de Entomologia

De Campo Largo, o estudante Jorge Ramón Mello, do curso técnico em Agroecologia do Campus Campo Largo, trouxe o trabalho “Produzindo alimentos de base ecológica e semeando a segurança alimentar em Campo Largo”, projeto que utiliza os conhecimentos da Agroecologia para estimular a produção de alimentos em áreas urbanas e promover a segurança alimentar junto à população em situação de vulnerabilidade de Campo Largo. “Muitos conhecimentos da agricultura convencional são aproveitados pela Agroecologia, mas também nos utilizamos dos ensinamentos ancestrais, da cultura do campesinato e das diferentes etnias. A gente não se vale apenas de uma pesquisa científica ou tecnológica, mas também da comunicação com a experiência que está no campo”, explica o estudante sobre o projeto.

“O Se²pin está maravilhoso”: Jorge não vê a diferença de idade com os colegas como um empecilho.

A diferença de idade com os demais participantes (Nicolas tem 16, enquanto Jorge 63 anos) do evento não parece incomodar o senhor grisalho, nascido no Uruguai e professor de História e Geografia. “Já participei de muitos eventos acadêmicos e de cunho ambiental, mas estou achando o Se²pin maravilhoso. A gente vê esses meninos de 14, 15 anos fazendo coisas impressionantes nas áreas em que decidiram se especializar”, comenta.

Inclusão em destaque

Também da região metropolitana do Paraná, a estudante Natália Passone Consolaro apresentava o projeto de extensão no qual atua como voluntária. O projeto “Sinais em Libras específicos da área de Administração” busca desenvolver um glossário em vídeo em Língua Brasileira de Sinais (Libras) com o vocabulário específico da área da Administração. O projeto nasceu de uma necessidade vivenciada pela comunidade interna do Campus Pinhais. “No curso técnico em Administração temos uma colega surda. O desenvolvimento do glossário pode ajudá-la a entender melhor as disciplinas específicas do curso e também auxilia em nossa comunicação com ela”, explica.

Inclusão está presente em muitos trabalhos apresentados na Sessão de Pôsteres

De União da Vitória, a estudante Naiuri Rafaela Oliveira, do curso técnico em Informática, apresentava o trabalho “A inclusão escolar de pessoas com deficiência visual: perspectivas para o trabalho pedagógico”. “Meu trabalho reforça a inclusão escolar para deficientes visuais”, declara a estudante, que é cega. Assim como todos os colegas, ela terá seu trabalho avaliado. “A apresentação do trabalho foi bem legal, foi tranquilo”, afirma.